O presidente do F. C. Porto, Pinto da Costa, abordou o tempo de jogo do encontro entre a equipa azul e branca e o Casa Pia e considerou que o futebol português “não vai evoluir” se, ao mínimo toque, “os jogadores se atirarem para o chão”.
Pinto da Costa esteve, esta segunda-feira, na cerimónia de receção na Câmara Municipal do Porto aos campeões europeus de hóquei em patins e prometeu voltar muitas vezes com outras conquistas.”Todas as que forem possíveis”, começou por dizer.
“Desde que o Dr. Rui Moreira é presidente da Câmara Municipal do Porto, sempre tivemos as portas abertas para festejar as grandes vitórias. Havemos de vir aqui por todas as que se hão de seguir. Se vai ser com a Taça de Portugal? Não faço ideia. Não vou estar a individualizar. Sempre que há grandes vitórias, esta casa está aberta para o F. C. Porto. Infelizmente houve um interregno nessa postura, mas tudo se normalizou e temos grande orgulho em ter um presidente da Câmara que defende a nossa cidade em qualquer instância e o nosso clube, assim como tudo o que pertence à cidade do Porto”, vincou.
Quanto ao campeonato, o líder dos azuis e brancos não escondeu que chegar à liderança é “muito difícil” e comentou o jogo de domingo, diante do Casa Pia, apontando ao comportamento do treinador-adjunto da equipa lisboeta, Vasco Matos.
“A minha leitura é que o futebol português nunca poderá progredir quando houve perto de 50% de jogo jogável. Em 90 minutos, jogaram-se 51. Enquanto isso for permitido e se virem cenas de jogadores, ao mínimo toque, a atirarem-se para o chão, acho que o futebol português não vai progredir. No jogo de ontem era fácil. Houve um adjunto que toda a gente viu que passou todo o jogo a provocar o nosso banco. Se tivesse havido uma ação disciplinar sobre esse elemento, não teria havido mais nada. Só que quando um elemento nosso se levanta, como antes dessa confusão aconteceu com o engenheiro Luís Gonçalves, leva amarelo. Esse senhor [treinador adjunto do Casa Pia] esteve no banco, insultou toda a gente, criou problemas e o treinador do Casa Pia, que foi impecável, reconheceu isso mesmo. Esse senhor nem amarelo levou. Enquanto forem permitidas cenas e comportamentos como foi permitido ao adjunto do Casa Pia, não há possibilidades de melhorar”, vincou.
Sobre uma possível recandidatura, o líder garantiu que ainda não pensa no assunto e abordou as declarações de André Villas-Boas, que recentemente não descartou uma candidatura à liderança dos dragões.
“Não preciso que ninguém me convença disso, não é assunto para mim. Tenho tanta coisa para fazer, temos o centro de treinos, quase cidade desportiva, para tentar concretizar o que está em curso. Estar agora preocupado com uma questão que é mais daqui a um ano… não é uma preocupação minha. André Villas-Boas? Qualquer sócio que tenha as quotas em dia e seja sócio há mais de cinco anos pode candidatar-se. Se calhar, se estivesse no lugar dele, era capaz de ter uma palavra. Mas não vejo que ele seja obrigado a isso. Qualquer sócio tem o direito a candidatar-se”, concluiu.