Um tribunal do Bangladesh pediu ao governo local uma lista dos trabalhadores migrantes que morreram na construção de estádios e outras estruturas durante os preparativos para o Mundial 2022 de futebol, disputado, no ano passado, no Catar.
A ordem surge depois de, em dezembro, o advogado Masood Reza Sobhan ter apresentado uma queixa segundo a qual mais de 450 trabalhadores do Bangladesh morreram e dezenas ficaram feridos durante a construção de estádios e hotéis no Catar.
“Os trabalhadores eram tratados de forma desumana. Às vezes eram obrigados a trabalhar durante 14 horas, com temperaturas de 52 graus, mas as leis do Catar não lhes permitiam protestar”, afirmou o advogado à agência noticiosa EFE, quando apresentou a queixa.
Masood Reza Sobhan quer que governo do Catar e a FIFA, que classificou como “aliados no crime”, compensem as famílias dos trabalhadores mortos e os feridos.
As autoridades do Catar foram acusadas de violarem os direitos humanos dos trabalhadores migrantes, durante a construção das infraestruturas para o Mundial, que decorreu entre 20 de novembro e 18 de dezembro do ano passado.
Embora as autoridades do Catar neguem, várias organizações apontam para milhares de mortes naquele país entre 2010 e 2019 em trabalhos relacionados com o Mundial.