Na próxima reunião do IFAB, órgão que regulamenta as regras do futebol, serão discutidas possíveis mudanças que, a serem aplicadas, podem mudar por completo a dinâmica da modalidade.
O IFAB reúne-se no próximo fim de semana, em Londres, e propõe-se a discutir possíveis alterações nas regras do futebol que, a concretizarem-se, podem mudar o desporto-rei como o conhecemos.
De acordo com o jornal “Marca”, em cima da mesa estarão questões fraturantes como a cronometração dos jogos, para evitar as perdas de tempo por parte dos jogadores, o que levaria ao fim dos encontros com a duração padronizada de 90 minutos.
Outra ideia que será debatida prende-se com uma possível alteração da regra do fora de jogo.
Com o objetivo de beneficiar quem ataca, o treinador francês Arsène Wenger, conselheiro da FIFA, defende que um avançado seja considerado em jogo sempre que tiver uma qualquer parte do corpo alinhada com o do defesa, abolindo a atual regra de que o atacante deve ter todo o corpo (excluindo os braços) pelo menos em linha com o do seu defensor para evitar o fora de jogo.
Estas são hipóteses ainda em fase de estudo, mas a próxima temporada trará algumas novidades no campo das leis de jogo.
A mais mediática será a alteração da regra que determina que um golo deve ser anulado sempre que elementos da equipa que o marca invadam o terreno de jogo antes de a bola entrar na baliza adversária.
O tema ganhou grande visibilidade após a final do último Campeonato do Mundo, quando os responsáveis franceses defenderam que o terceiro golo da Argentina, apontado por Lionel Messi, deveria ter sido anulado por os jogadores argentinos que estavam na zona do banco de suplentes terem entrado no terreno do jogo para celebrar antes de a bola ter entrado na baliza de Lloris.
Cumprindo estritamente a regra atual, o golo deveria ter sido anulado, apesar de a “invasão” dos suplentes argentinos não ter tido qualquer influência na definição do lance. A nova regra contempla isso mesmo, deixando cair a obrigatoriedade de se invalidar o golo e penalizando, com um cartão, os jogadores que invadam as quatro linhas.
As celebrações de golos que se prolonguem para lá de um tempo razoável (cerca de um minuto e meio) serão tidas em conta para a determinação do tempo de compensação dos jogos e os árbitros ficam obrigados a identificar, de forma clara, quem admoestam com um cartão no banco de suplentes.
Os guarda-redes ficam ainda proibidos de distrair os batedores de penáltis, atrasando a sua execução ou tocando nos postes ou nas redes da baliza.