Avançado leonino, tantas vezes criticado, veste a pele de herói e derruba a resistência arouquense, com um bis. Golo anulado ao Antony gera polémica na primeira meia-final
Dois golos de Paulinho permitiram, esta terça-feira, ao Sporting bater o Arouca (2-1) e carimbar o passaporte para a terceira final consecutiva na Taça da Liga, a quinta em seis anos. O leão esteve por cima na primeira etapa, em alguns momentos foi quase imperial, mas sofreu um susto em cima do intervalo, valendo-lhe a intervenção do VAR. O Arouca foi competente e revelou forte atitude para nunca se desunir. Num minuto, foi do céu ao inferno, mas, na segunda parte, ainda relançou o encontro com o golo de Dabbagh.
O onze de Armando Evangelista entrou atrevido, mas sentiu a energia do leão, que beneficiou do dinamismo e entrosamento de Edwards e Nuno Santos. A fluidez e simplicidade do jogo nas alas não encontrava, porém, idêntica clarividência na zona de tiro. Pedro Gonçalves e Morita estiveram desinspirados.
A discussão de sentido único teve um epílogo profundamente emocionante na primeira parte com um “volte-face” que enfureceu os homens de Arouca. Uma fuga de Antony acabou com uma trivela que surpreendeu Adán e elevou os arouquenses ao céu. O árbitro Fábio Veríssimo foi, no entanto, alertado pelo VAR e marcou livre a favor dos leões, por braço de Basso, após uma aparente falta de Coates. A decisão deixou a equipa de Armando Evangelista em profunda revolta e pior ainda ficou com o golo de Paulinho, na sequência do lance.
Apesar da montanha russa, os arouquenses surgiram confiantes no recomeço e desafiaram o domínio leonino, chegando ao empate, num lance em que Dabbagh se antecipou a Adán, após cruzamento teleguiado de Alan Ruiz.
Com o empate, o Sporting recuperou novamente o controlo do jogo, mas sem grande inspiração. O fantasma dos penáltis pairou no ar, mas Paulinho, numa fotocópia do golo arouquense, antecipando-se ao guarda-redes, desequilibrou o marcador. O leão podia, finalmente, respirar de alívio.
Veja o resumo do jogo: