Os deputados do Partido Socialista (PS) questionaram, na terça-feira, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, sobre o “número de partos realizados em ambulâncias desde o início de 2024”, ano que tem sido “particularmente penoso para as grávidas que necessitam de aceder aos serviços de urgência de Obstetrícia”.

 

Na questão – assinada pelos deputados João Paulo Correia, Manuel Pizarro, Susana Correia, Fátima Correia Pinto, Irene Costa, Sofia Andrade, Ana Abrunhosa e José Rui Cruz – os socialistas destacam que a situação “agravou-se quando comparado com o período homólogo”.

“Os encerramentos dos serviços de urgência de Obstetrícia e Ginecologia, aumentaram em 40% bem como o número de quilómetros percorridos pelas grávidas, que chegou a ser superior a 100 quilómetros para encontrarem um serviço de urgência aberto. Verificaram-se encerramentos consecutivos e em simultâneo e o número de partos em ambulância atingiu números inaceitáveis”, frisam, acusando o Governo de não assegurar um “ambiente seguro para o nascimento e para as mulheres durante a gravidez”.

Lembrando que a ministra da Saúde afirmou no início do mês, na Comissão Parlamentar de Saúde, que foram registados 19 partos em ambulâncias, os socialistas afirmam que os números dão conta de 40 partos desde janeiro até setembro, face aos 13 ocorridos durante todo o ano de 2023.

Desta forma, questionaram “qual o número de partos verificados em ambulância, considerando o transporte de doentes urgentes e emergentes efetuados via INEM e via associações corporações de bombeiros” e se o Ministério da Saúde pode “disponibilizar esta informação discriminada, entre os diferentes tipos de transporte de doentes que existem no país?”

No comunicado, os deputados frisam ainda que o “aumento da realização de partos em ambulâncias contrasta com o Plano de Emergência e Transformação na Saúde, apresentado pelo Governo, no qual está contemplada a criação da linha SNS Grávida e mais um conjunto de medidas cujo objetivo seria criar um ambiente seguro para o nascimento e para as mulheres durante a gravidez”.

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