A Orquestra Sanfônica de Pato Branco foi uma das três finalistas do Prêmio Brasil Criativo, concorrendo com o Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga e o Bando de Teatro Olodum na categoria Comunidades Criativas. O evento oficial de premiação aconteceu no Centro Cultural São Paulo (CCSP).
Para o regente da Sanfônica, Diego Guerro, a notícia desse reconhecimento em nível nacional foi um grande incentivo para o grupo, que atua especialmente no interior do Estado. “É um motor para que façamos mais coisas; muito bom ver que nós estamos, por assim dizer, no caminho certo.” Para ele, fazer música, arte e cultura no interior tende a ser um pouco mais difícil do que nos grandes centros. Há processo de formação de plateia, dificuldade para dar visibilidade às ações e para promover propostas de forma contínua.
Idealizado pela World Creativity Organization (WCO), o Prêmio Brasil Criativo tem a chancela do Ministério da Cultura como a premiação oficial da Economia Criativa no Brasil. O objetivo da iniciativa é destacar quem valoriza a criatividade como matéria-prima para o desenvolvimento social, tecnológico e econômico sustentáveis.
Conheça a Orquestra Sanfônica de Pato Branco
O projeto começou em julho de 2006 e teve como mentora Divina Scopel Martins, que teve a ideia de reunir os gaiteiros ou sanfoneiros da cidade, como são popularmente chamados os acordeonistas. Naquela época, a proposta era simples: promover encontros entre os músicos e os apaixonados pela sanfona para tocar em ensaios aos finais de semana. Inicialmente participavam cerca de vinte pessoas.
De lá para cá, o grupo cresceu em tamanho e história, conquistando seu espaço. 17 anos depois, mais de 100 músicos já passaram pela Orquestra Sanfônica de Pato Branco. Muitas pessoas que integraram o grupo acabaram se profissionalizando na música, outras têm a atividade como um hobby, uma paixão. Hoje são 15 integrantes fixos.
“O que é muito legal no projeto é a convivência de pessoas de várias idades e classes sociais diferentes. A gente tem o acordeonista mais novo com 12 anos, e o mais idoso com 76 anos. É por meio da linguagem musical que eles conversam, e é muito bonito ver isso. A gente considera a Orquestra Sanfônica como uma família”, conta o regente Diego Guerro.
De Pato Branco para o mundo
Em 2019, a Orquestra alcançou projeção internacional a partir de um convite para participação no Recanati Art Festival, na Itália. Na mesma viagem, os músicos tiveram passagem por outras cidades da Itália e também pela França. Ainda em 2019, o grupo tocou na Argentina, país que assim como Itália, França e Brasil tem forte presença do acordeon em sua música popular.
A Orquestra Sanfônica de Pato Branco já foi declarada de Utilidade Pública Municipal e Estadual. O projeto foi contemplado em editais da Lei Aldir Blanc e conta com incentivo à cultura no âmbito federal. Participaram também do último edital do PROFICE nas categorias Música e Audiovisual.