A cantora e atriz britânica Jane Birkin morreu, aos 76 anos, em Paris, depois de ter passado quase toda a carreira artística na França e afastada dos holofotes nos últimos tempos devido a problemas de saúde. O canal BFMTV, citando fontes próximas à artista, informou neste domingo (16) que ela foi encontrada morta em sua casa na capital francesa.
Nascida em Londres, em 14 de dezembro de 1946, Jane Birkin era filha de um militar e de uma famosa atriz inglesa, Judy Campbell, o que a colocou em contato direto com o cinema desde a infância. Seus primeiros papéis foram em dois filmes premiados no Festival de Cannes, A Bossa da Conquista (1965), de Richard Lester, e, sobretudo, Blow-Up – Depois Daquele Beijo (1967), de Michelangelo Antonioni.
Com esta experiência, em 1968, decidiu se mudar para a França, onde conheceu o cantor e compositor Serge Gainsbourg (1928-1991), com quem viveu uma história de amor que resultou em alguns títulos sensacionais e escandalosos, como um dueto que marcou a história da canção francesa e foi hit mundial: Je t’aime… Moi non plus, em 1969.
Embora o casal Birkin e Gainsbourg tenha se separado em 1980, o compositor e cantor escreveu para ela um dos seus álbuns mais prestigiados três anos depois, Baby Alone in Babylone, que rendeu a ela um disco de ouro, algo que voltou a conseguir com Arabesque, em 2002.
No Brasil, a cantora se apresentou em algumas oportunidades e chegou a ser entrevistada por Jô Soares em seu talk show. O show mais emblemático foi ao lado da Orquestra Imperial e de Caetano Veloso cantando repertório de Gainsbourg, em 2009, no SESC Pinheiros (SP). Jane gravou O Leãozinho, de Caetano Veloso, em dueto com o baiano, em 2004.
Os problemas de saúde a obrigaram a interromper temporariamente a sua carreira em 2012 devido a uma pericardite aguda. Em dezembro do ano seguinte, perdeu a sua filha mais velha, Kate. Em 2017, a própria artista comunicou que estava tratando de uma leucemia.
