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    Conduzindo Miss Daisy é mais que reducionismo sobre racismo estrutural

    Agosto 5, 20233 minutos lidos Cultura
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    A história de Conduzindo Miss
    Daisy
    (1989), disponível no streaming pelo HBO Max e para locação via Apple
    e Google Play, começa nos primeiros anos de 1950, quando uma rica senhora
    judia, Daisy Werthan (Jessica Tandy), leva sua vida de forma tranquila e
    completamente independente. Aos 72 anos de idade, Miss Daisy dirige seu lindo
    carro pela cidade e comparece a todos os compromissos que surgem. Um dia, no
    entanto, ao manobrar para sair de casa, ela perde a direção do carro e vai
    parar no jardim do vizinho. O filho, Boolie Werthan (Dan Aykroyd), ainda que
    ocupado com esposa, filhos e negócios, é cuidadoso com a mãe e percebe que
    chegou a hora de contratar um motorista. E assim aparece Hoke Colburn (Morgan
    Freeman), um senhor negro simpático e bem-humorado.

    É verdade que Miss Daisy, de imediato, recusa a ideia sem cabimento, mas
    não lhe resta outra opção. A partir disso, para qualquer canto que vá, ela terá
    Hoke conduzindo o carro. De início, praticamente não há diálogo entre eles, as
    frases são curtas e diretas. Hoke até tenta uma ou outra história mais
    engraçada, mas Miss Daisy continua turrona e de cara fechada. O tempo e as
    poucas informações que são postas, no entanto, servem para quebrar as barreiras
    sociais e culturais. Desse modo, surge uma relação de amizade e confiança entre
    eles que vai durar mais de vinte anos.

    O nobre leitor que se arriscar a procurar outras análises sobre esse
    filme certamente irá encontrar comentários dando conta de que Conduzindo Miss Daisy, a despeito de sua
    delicadeza e sensibilidade, esbarra no racismo estrutural ao apresentar um mote
    clichê: a mulher branca e rica e seu empregado preto e pobre. Um aviso: não
    caia nesse reducionismo tolo.

    O roteiro do filme é assinado por Alfred Uhry, baseado em seu próprio
    texto, antes levado aos palcos. Pouco ou nunca mencionado é o fato de que a
    história de Miss Daisy e Hoke foi inspirada, respectivamente, nas experiências
    da avó de Alfred Uhry, Lena G. Fox, e do chofer dela, Will Coleman. Lena viveu
    até os 96 anos de idade na cidade de Atlanta (capital da Georgia, EUA), que nos
    anos de 1960 se tornaria o polo mais importante do movimento dos direitos civis
    dos negros nos Estados Unidos. Seria óbvio, portanto, que Alfred Uhry
    apresentasse um subtexto sobre a intolerância e o racismo.

    Fim do analfabetismo

    O autor, ele mesmo um judeu, apresenta ao espectador uma história sobre dois personagens que conhecem profundamente o que é sofrer preconceito, mas num local determinado e numa era específica. Miss Daisy não contrata Hoke porque ele é negro, mas porque ele sabia exercer bem sua tarefa. Hoke não é motorista porque foi obrigado a ser, mas é o que sua capacidade lhe permite. Hoke, como Miss Daisy irá descobrir, é analfabeto (na bela cena do cemitério). Ela é quem vai ensiná-lo a ler e escrever.

    Mesmo não sendo o fator mais importante do argumento central, Uhry insere com destaque na história o nome mais ilustre da cidade de Atlanta, Martin Luther King Jr. É emocionante a sequência em que Miss Daisy comparece a um evento em que Luther King Jr. está presente e faz um de seus mais poderosos discursos sobre os direitos dos negros. Enquanto isso, do lado de fora, Hoke ouve tudo atentamente pelo rádio do carro.

    Assim, sem retóricas políticas, Conduzindo Miss Daisy é um filme sensível, adorável, comovente e que conta simplesmente uma história sobre a vida, relações humanas, tradições culturais, o passar dos anos e a capacidade de transformação do comportamento social que se dá justamente com a passagem do tempo.

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