O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, comentou na manhã deste sábado a nomeação de António Costa para presidente do Conselho Europeu, salientando que “é cada vez mais comum ter portugueses em cargos de topo”.

É normal termos portugueses à frente de instituições europeias, é cada vez mais comum ter portugueses em cargos de topo, é uma coisa a que nos devemos habituar e que demonstra também uma outra realidade que a UE não se faz apenas da escala maior”, começou por dizer Nuno Melo em declarações à CNN Portugal, a partir de Belas, em Lisboa.

Neste sentido, quando questionado se António Costa foi o nome certo para o cargo, o ministro da Defesa referiu que “é um português, é uma escolha da família socialista” e, assim, “as instituições europeias estão em condições de funcionar com toda a regularidade”.

Numa visão geopolítica, o governante salientou que “países que são mais pequenos podem ser centrais”, dando o exemplo de Portugal.

“Está no centro de confluência entre a África, a América e a Europa e isso deve ser valorizado. Não somos pequenos nem periféricos, somos relevantes e centrais“, acrescentou.

De salientar que António Costa foi eleito como presidente do Conselho Europeu, na quinta-feira à noite, por uma maioria qualificada dos líderes dos 27 Estados-membros da UE, que se estiveram reunidos em Bruxelas.

Além do antigo primeiro-ministro, ficou determinado que Ursula von der Leyen ocupará novamente o cargo de presidente da Comissão Europeia, ainda que a decisão esteja dependente do aval final do Parlamento Europeu.

Já primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, foi nomeada para a função de Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, sujeita à eleição pelos eurodeputados de todo o colégio de comissários.

António Costa, que sucede ao belga Charles Michel, tomará posse em dezembro para um mandato de dois anos e meio na liderança do Conselho Europeu, a instituição da UE que junta os chefes de Governo e de Estado do bloco europeu, numa nomeação feita por maioria qualificada (55% dos 27 Estados-membros, que representam 65% da população total).

Após a demissão na sequência de investigações judiciais, o antigo chefe do Governo é o primeiro português e o primeiro socialista à frente do Conselho Europeu.

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