“Estou conformado, longe de estar feliz, como podem ver pela minha cara quando fazem essa pergunta”, respondeu João Cotrim de Figueiredo depois de ser questionado sobre o acordo preliminar que coloca o ex-primeiro-ministro português mais próximo da presidência do Conselho Europeu.

Falando aos jornalistas no Parlamento Europeu, em Bruxelas, o eurodeputado eleito da Iniciativa Liberal recusou que António Costa mereça o benefício da dúvida para exercer as funções de presidente do Conselho Europeu: “Já anda na vida política há tempo suficiente para precisar do benefício da dúvida”.

Na ótica do antigo presidente da IL, o ex-primeiro-ministro socialista durante oito anos “mostrou uma aversão” às reformas de que o país precisava, na opinião dos liberais, e o Conselho Europeu “precisava de um presidente que fosse mais arrojado”.

No entanto, a escolha da liberal e primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para Alta-Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros “parece uma excelente escolha”.

Cotrim de Figueiredo foi hoje eleito vice-presidente do Renovar a Europa no Parlamento Europeu, depois de ter desistido da candidatura à presidência do grupo político, na segunda-feira.

Questionado sobre se as expectativas saíram goradas, o eurodeputado considerou que tentou apenas “provocar uma discussão” sobre os resultados dos libarias nas europeias.

Mas depois de avançar com a candidatura “houve um conjunto de delegações que tiveram mudanças de opinião, muito por via daquilo que se pode chamar ‘política de corredor’ e entendimentos em Bruxelas e deixaram de estar disponíveis para apoiar a candidatura”.

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