“Queremos celebrar o teatro refletindo sobre a condição humana, as escolhas que fazemos, o viver em sociedade, o estado da democracia, a vulnerabilidade humana, o medo, a solidão, o amor, o caos, os sonhos e os desafios”, disse hoje Sandra Santos, coordenadora da programação do FINTA, em conferência de imprensa.

 

Com esta programação, a Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT) quis manter as linhas orientadoras do festival desde a sua criação: “dar a conhecer uma oferta cultural diversificada, com criadores já conhecidos e com novos criadores e projetos artísticos”.

Durante seis dias, estarão em Tondela 14 companhias de Portugal, Espanha, Chéquia, Itália e Bélgica, sendo apresentados, no total, 21 espetáculos, mais seis aperitivos teatrais. A 30.ª edição será dividida por duas semanas, dos dias 14 a 16 e 21 a 23.

Sandra Santos avançou que, para o dia 16, está marcada a estreia em Portugal do espetáculo “Across”, da companhia checa Squadra Sua, uma “comédia visual e cheia de poesia” que “propõe uma reflexão leve, mas profunda, sobre as viagens interiores” que todas as pessoas realizam.

No mesmo dia, a companhia Le Puant (Espanha) apresenta, também pela primeira vez em solo português, ‘Tot Sol… I Núvol’, que mostra a “jornada poética em que um palhaço solitário, acompanhado de uma cadeira e uma mala, deambula entre o riso e a melancolia, numa busca incessante por companhia e felicidade”.

A terceira estreia será ‘White Out – La Conquête de l’inutile’, de Piergiorgio Milano (Itália/Bélgica), que subirá ao palco no dia 23 e, segundo a responsável, “usa o alpinismo como uma linguagem artística, numa fusão entre dança, teatro e novo circo”.

“É um espetáculo de grande impacto visual, que leva o público a sentir a vertigem e a imensidão das montanhas, numa viagem irónica, dramática e comovente”, adiantou.

Sandra Santos afirmou que a programação reúne espetáculos com estéticas e linguagens teatrais diferentes e também espetáculos multidisciplinares, “nos quais o teatro se cruza com outras disciplinas artísticas, como o ilusionismo, a música, a dança e o circo”.

A também atriz destacou a estreia nacional do Projeto Meta Magic, logo no dia de abertura do FINTA, com “Hora Vazia”, que “convida o público a uma imersão sensorial e introspetiva, num espetáculo que explora a natureza do destino e do livre-arbítrio”.

Coproduzido pelo Novo Ciclo ACERT, “é o primeiro trabalho de ilusionismo moderno criado em Portugal”, por Zé Mágico, que “tem vindo a desenvolver o seu interesse por esta corrente artística”, contou.

A programação inclui ainda a formação “Ilusionismo: a intersecção entre Psicologia, Filosofia e Teatro”, orientada pelo mágico.

Este FINTA ficará também marcado pela estreia do projeto Santos da Casa Teatro, uma rubrica quer dar palco a jovens talentos que iniciaram a sua formação na ACERT.

“Das Mãos Surgem a Luminescência e o Adeus do Teu Rosto”, de Teresa Machado, e “As Lesmas Não São Tão Diferentes dos Caracóis”, de Andréa Fernandes, são as duas criações a apresentar nesta edição.

Sandra Santos destacou igualmente a presença em Tondela de “duas companhias portuguesas que têm desenvolvido um trabalho notável”, nomeadamente Formiga Atómica e Cassandra.

“Teremos também espetáculos fora de portas, em vários locais do concelho de Tondela”, afirmou a responsável, explicando que serão “seis apresentações em instituições e locais de convívio da terceira idade”.

O objetivo é “que o FINTA possa chegar a todos os elementos da comunidade”, tal como a ACERT tenta fazer ao longo da sua programação anual, frisou.

À semelhança do ano passado, será disponibilizado transporte gratuito de autocarro entre Viseu e Tondela, numa parceria com o Clube Desportivo de Tondela.

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