O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, afirmou hoje, em conferência de imprensa, que “os intercâmbios e cooperação entre países não devem comprometer a compreensão e a confiança mútuas entre os países da região”, nem “perturbar a paz e estabilidade regionais, ou visar e prejudicar os interesses de terceiros”.

Lin afirmou que a região “não precisa de blocos militares”, nem de “cliques que provocam confrontos entre as partes e instigam uma nova guerra fria”.

“Qualquer ato que ponha em causa a paz e a estabilidade na região e destrua a unidade e a cooperação regionais atrairá a vigilância e a oposição comum dos países da região”, advertiu o porta-voz.

Ele sublinhou que o Japão “tem uma grave responsabilidade pela sua agressão e domínio colonial sobre os países do Sudeste Asiático, incluindo as Filipinas, durante a Segunda Guerra Mundial” e instou Tóquio a “refletir sobre a sua história de agressão” e a “ser prudente nas suas palavras e ações no domínio da segurança militar”.

Nos últimos meses, Japão e Filipinas, aliados históricos dos Estados Unidos, registaram progressos nos laços de Defesa face a crescentes tensões com Pequim na região do Indo-Pacífico.

As Filipinas e a China têm uma disputa de soberania crescente no Mar do Sul da China, onde o Brunei, a Malásia, o Vietname e Taiwan também têm reivindicações.

Nos últimos meses, multiplicaram-se os confrontos entre navios chineses e filipinos, sobretudo em torno dos atóis de Scarborough e Thomas Segundo, onde os pescadores filipinos vão pescar.

As tensões entre a China e as Filipinas aumentaram desde que o Presidente filipino Ferdinand Marcos Jr. chegou ao poder em 2022 e reforçou a sua aliança militar com os EUA.

Tóquio e Pequim, que têm numerosas disputas históricas sobre questões como a invasão pelo Japão de parte do território da China nas décadas de 1930 e 1940, também têm divergências sobre as ilhas controladas pelo Japão no Mar do Leste da China.

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