O Chega vai viabilizar o Orçamento do Estado (OE) se as negociações entre o Executivo e o Partido Socialista falharem – cenário em que o documento teria uma ‘luz vermelha’ e que abriria, provavelmente, a porta a eleições.
Segundo a CNN Portugal, o partido presidido por André Ventura vai dar ‘luz verde’ à proposta orçamental, caso o acordo entre o Partido Socialista e o Governo falhe.
Segundo a mesma fonte, o Chega votará contra a proposta caso o PS e o Executivo entrem em acordo, e assim haja já uma garantia de aprovação.
O Chega, com 50 deputados na Assembleia da República, terá garantido que o partido terá “uma posição responsável”.
De recordar que os últimos dias foram marcados por crispação entre o Executivo e o Partido Socialista que, depois de terem tido alguns problemas ‘na agenda’ para marcarem reuniões para falarem sobre o Orçamento do Estado, realizaram uma ‘troca’ de contrapropostas.
O primeiro-ministro garantiu que tinha apresentado uma proposta “irrecusável” ao PS, proposta essa que os socialistas recusaram – apresentando uma outra.
Minutos depois de a notícia da provável viabilização se o acordo entre o Governo e o PS não ocorresse ser avançada pela imprensa, André Ventura falou aos jornalistas na Assembleia da República: “O país conhece-me suficientemente bem para saber que quando tivermos um anúncio para fazer sobre o Orçamento do Estado, faremos. Para saber que quando o Chega tomar uma posição sobre isso, a anunciará”, afirmou.
“Todos sabem a situação política em que o país está. Todos sabem que tudo faríamos para evitar uma crise política”, afirmou, acrescentando que a sua posição sobre o Orçamento do estado era “clara” e que hoje iria ouvir a bancada parlamentar sobre o OE.
“A minha posição é conhecida e claríssima”, afirmou.
Recorde-se, no entanto, que, nas últimas semanas, André Ventura indicou que o Chega estava fora das negociações para a aprovação do orçamento e que o voto partido iria votar contra, uma decisão “irrevogável”. O líder do Chega disse ainda que o seu partido só mudaria de posição caso fosse construído um novo documento com contributos do seu partido, e não com o PS, criticando a aprovação do Governo aos socialistas.
[Notícia atualizada em 17h36]
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