No debate quinzenal, na Assembleia da República, André Ventura respondeu à referência à sua militância no PSD antes de formar o Chega, feita pelo primeiro-ministro, quando referiu que antigamente agitava a bandeira social-democrata atrás de si.

“Não era só atrás de si, era atrás de outro primeiro-ministro que coraria de vergonha com o seu apoio a António Costa hoje em dia”, afirmou, referindo-se ao antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.

O presidente do Chega acrescentou que existem “outros que se hoje olhassem para o líder do PSD” e o ouvissem dizer que o antigo primeiro-ministro socialista “tem grandes qualidades de governo e de governação corariam de vergonha”.

“A história registará que liberais, socialistas e sociais-democratas se uniram para apoiar António Costa quando aqui o quiseram derrubar”, afirmou.

André Ventura apontou contradições ao chefe de Governo, indicando que se referiu anteriormente a Costa “como o maior comunista desde a revolução de Abril” ou “o maior fracasso da governação do país”.

“Para Portugal é péssimo, para a Europa é ótimo”, criticou.

O líder do Chega questionou ainda se o CDS, partido que integra o Governo com o PSD, está de acordo com o apoio a António Costa, mas não teve resposta.

Na resposta, o primeiro-ministro salientou que fez oposição aos governos de António Costa “do primeiro ao último dia”, primeiro enquanto líder parlamentar do PSD, entre 2015 e 2017, e mais recentemente como presidente do PSD.

“Significa isso que eu não tenho condições para reconhecer as suas características enquanto político, que não tenho condições para reconhecer as suas capacidades para estar à altura de uma função que é de conciliação, de agregação de famílias políticas diferentes”, questionou.

Luís Montenegro disse também a André Ventura que enquanto “não tiver capacidade para perceber isto, não percebe nada e não vai conseguir o objetivo que quer para o seu percurso político”.

Na opinião do primeiro-ministro, António Costa foi “muito pior primeiro-ministro do que vai ser presidente do Conselho Europeu”.

Sobre as expressões citadas pelo presidente do Chega, o líder do executivo justificou que uma delas foi dita “a propósito da intenção do governo colocar arrendamento coercivo”, uma medida que na sua opinião é “de índole comunista”.

[Notícia atualizada às 19h01]

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