O desaparecimento de um casal francês na ilha da Madeira, no passado dia 16 de março, continua a ser notícia, principalmente, nos meios de comunicação social franceses.

Esta quarta-feira, o Le Figaro revela mais informações sobre o caso, que descrevem como “preocupante”.

Véronique e Laurent Blond, de 56 e 57 anos, estavam de férias na Madeira com a filha, quando desapareceram durante uma caminhada.

Desde 16 de março que o casal, natural de Beaymont-de-Lomagne, Tarn-el-Garonne, não dá sinais de vida, como informou o Ministério Público de Montauban, esta quarta-feira, 27 de março, através de um comunicado enviado às redações francesas.

O Le Figaro realça que, nas redes sociais, muitos são os que alertam sobre os perigos dos trilhos da Madeira. “É verdade que é preciso ter cuidado, principalmente, nas levadas”, escreve um internauta no Facebook. Já outro confidencia que perdeu um familiar num desses trilhos, em 2021.

Vizinhos mantêm esperança de voltar a ver casal “adorável”

Ao Le Figaro, Karine, uma vizinha do casal, que é proprietário de uma padaria, admitiu estar chocada com o desaparecimento. “É triste porque eles são adoráveis e não eram inexperientes. Já tinham feito caminhadas nos Pirenéus. Conheciam bem os perigos deste tipo de atividades. Não compreendo”, disse, acrescentando que em Beaymont-de-Lomagne todos mantêm a esperança de ver novamente Véronique e Laurent.

“Aqui todos pensam neles, nos seus ente queridos, nos seus funcionários. Esperamos voltar a ver os seus sorrisos e a sua alegria de viver novamente”, salientou.

Tal como recorda o Le Figaro, durante vários dias foram efetuadas buscas pelo casal na Madeira, com uma “mobilização significativa de meios”, e em França foram efetuadas buscas à sua casa.

Contudo, não foram encontradas quaisquer pistas. O casal esfumaçou-se sem deixar vestígios.

Outros desaparecimentos na ilha da Madeira

Tal como recordam os internautas, citados pelo Le Figaro, esta não é a primeira vez que desaparecem pessoas a fazer trilhos, nas serras da Madeira.

Em julho de 2021, o polaco Michael Kozek, que era ultramaratonista, desapareceu após sair do hotel, onde passava férias com a família, para fazer um trail. Nunca mais voltou a aparecer.

O mesmo se passou com um cidadão francês, de 35 anos, em setembro do mesmo ano. Apesar das buscas, o homem também nunca chegou a aparecer.

Meses antes, em dezembro de 2020, algo semelhante aconteceu com Jascha Paul Hardenberg. O cidadão alemão de 28 anos desapareceu enquanto estava de férias na Madeira, após sair durante a tarde para fazer um percurso pedonal, sozinho, na Levada das 25 Fontes, na Calheta. E os casos sucedem-se.

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