Os empresários Luís Bernardo, que já foi assessor do ex-primeiro-ministro José Sócrates e diretor de comunicação do Benfica, e João Tocha são os dois principais alvos de uma megaoperação da Polícia Judiciária (PJ) devido a suspeitas de crimes como corrupção. Mas, o que está afinal em causa?

Os dois empresários são suspeitos de combinarem propostas em consultas públicas para ganharem contratos. A investigação acredita que existe um esquema de criação de aparência fictícia de legalidade, dado que, em vários concursos de consulta prévia, surgem em simultâneo, simulando serem concorrentes, a WLP de Luís Bernardo, a First Five Consulting do amigo João Tocha, a Remarkable, de um sócio de João Tocha, e a Sentinelcriterion de um sobrinho de Luís Bernardo. 

Segundo o Jornal de Notícias, as várias empresas envolvidas são geridas ou detidas pelos mesmo intervenientes e terão formado uma espécie de “cartel de comunicação”. 

Para já, a Operação Concerto, que teve seis alvos, ainda não levou à constituição de qualquer arguido.

Luís Bernardo reagiu à investigação e desvalorizou a operação levada a cabo pela PJ. “O que se passou foi uma diligência de recolha de informação, normal no âmbito de uma investigação judicial que abrange diversas entidades públicas e privadas. Muitas delas nem sequer estão relacionadas com a minha atividade profissional ou da empresa que lidero”, referiu Luís Bernardo.

“Foi com total estupefação e surpresa que ouvi um conjunto de especulações, absurdas e fantasiosas, em alguns órgãos de comunicação social, que só podem resultar de motivações que não sejam a de informar”, observou. Luís Bernardo assumiu ainda que estava “totalmente disponível para colaborar com as autoridades”.

No total, a PJ efetuou, na quinta-feira, 34 mandados de busca e apreensão, nomeadamente, 10 buscas domiciliárias, 13 não domiciliárias em organismos públicos e 11 buscas não domiciliárias em empresas nas zonas de Lisboa, Oeiras, Mafra, Amadora, Alcácer do Sal, Seixal, Ourique, Portalegre, Sintra e Sesimbra.

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