A quantidade de resíduos de pesticidas permitida em vários tipos de alimentos em Inglaterra, no País de Gales e na Escócia disparou desde o Brexit, sendo que alguns são agora milhares de vezes superiores, revela o The Guardian.

 

O aumento veio depois de o Reino Unidos ter feito alterações à regulamentação alimentar. Mais de 100 produtos são agora autorizados a conter mais pesticidas quando vendidos ao público, desde batatas a cebolas, uvas a abacates e café a arroz.

Para o chá, um produto muito ingerido na região, o limite máximo de resíduos do inseticida clorantraniliprole e do fungicida boscalide aumentou 4.000 vezes. Já no caso do feijão, os consumidores dos três países podem encontrar 7,5 vezes mais vestígios do herbicida glifosato – classificado como um “potencial carcinogéneo para o ser humano” pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Mas as alterações não ficam por aqui. No total, são abrangidos 49 pesticidas diferentes, 15 dos quais constam de uma lista de “pesticidas altamente perigosos” compilada pela Pesticides Action Network UK (Pan UK), com base em dados de autoridades nacionais e internacionais compilado pelo The Guardian. 

As alterações foram feitas entre 2022 e 2024, durante o anterior governo de Boris Johnson, tendo substituído as regulamentações mais rigorosas da União Europeia.

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