A operação de reforço do seu capital ocorre numa altura em que a empresa registou o seu pior prejuízo trimestral em quatro anos, superior a 6 mil milhões de dólares, num contexto de repetidos “acidentes e incidentes” com os seus aviões, lembra a Boeing num comunicado.
Além disso, a empresa está sobe forte pressão devido à greve de mais de 33.000 trabalhadores, que desde 13 de setembro paralisa as suas duas principais fábricas nos Estados Unidos.
A Boeing colocou 90 milhões de ações ordinárias no mercado – avaliadas em cerca de 13,9 mil milhões de dólares ao preço atual -, além de 5 mil milhões de dólares em certificados de depósito.
Nas últimas semanas, o grupo anunciou medidas para preservar a sua tesouraria, incluindo planos para cortar cerca de 10% da força de trabalho mundial (171 mil funcionários em 2023, isto é, 17 mil empregos).
A empresa está também a considerar vender as suas atividades no domínio aerospacial para reorientar a estratégia do grupo e reforçar a sua posição financeira, como foi noticiado na sexta-feira pela imprensa internacional.
Na quinta-feira (dia 23), os trabalhadores da região de Seattle rejeitaram o último projeto de acordo social proposto pelo fabricante aeronáutico, sendo que mantêm a greve nas suas duas fábricas, a qual dura há mais de um mês.
Antes disso, a Boeing procurava recuperar da difícil situação causada pelos acidentes com o 737 MAX 8 em 2018 e 2019, que mataram 346 pessoas, e a pandemia de covid-19.
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