Esta proposta foi feita ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, através de uma carta datada de sexta-feira e que foi hoje divulgada pelo partido.

 

“O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda vem propor que, entre as 19h30 e as 24h00 de 27 de outubro, dia em que se assinala um ano da invasão em larga escala da Faixa de Gaza pelo exército israelita, a fachada da Assembleia da República seja iluminada com as cores da bandeira da Palestina, como um sinal em defesa de um cessar-fogo permanente, que abra o caminho para uma paz duradoura em toda a região do Médio Oriente”, pode ler-se na referida carta.

O documento, assinado pelo líder parlamentar do BE, Fabian Figueiredo, refere que “os ataques do Estado de Israel à Faixa de Gaza já provocaram mais de 41 mil mortes de civis palestinianos, na sua maioria crianças, jovens e mulheres”.

“Mas também de centenas de jornalistas, profissionais de saúde, funcionários de organizações humanitárias e da Organização das Nações Unidas (ONU), levando o seu subsecretário-geral, Jorge Moreira da Silva, a declarar que ‘ser funcionário da ONU já não é garantia de segurança'”, acrescenta.

O BE cita Jorge Moreira da Silva, que descreveu o que se passa em Gaza como “uma catástrofe humanitária sem precedentes”.

“No mesmo sentido, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, já tinha classificado a situação em Gaza de ‘crise da humanidade’, tornando a necessidade de um cessar-fogo mais ‘urgente a cada minuto que passa'”, refere ainda.

Os bloquistas recordam deliberações feitas no passado pelo parlamento português como a iluminação da fachada com as cores da bandeira da Ucrânia, em fevereiro de 2023, ou com as cores da bandeira LGBTQ+ em maio de 2023 e em maio deste ano e ainda com as cores da bandeira do Estado de Israel em outubro de 2023.

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