“O Presidente da República fez um discurso que lhe era pedido neste dia republicano. Recordou que o melhor período da República é da República democrática, que tem muitas insuficiências, que tem muitos problemas para resolver e por isso o nosso futuro coletivo só pode passar por almejar uma República mais igual, mais justa e mais solidária e mereceu o nosso aplauso por causa disso”, disse Fabian Figueiredo aos jornalistas no final da cerimónia do 05 de Outubro, em Lisboa.

 

Segundo o líder parlamantar do BE, há um aviso que “transpareceu no discurso” de Marcelo Rebelo de Sousa que é o facto de a República produzir “figuras e momentos menores, mais lamentáveis”, considerando que Carlos Moedas “fez um discurso lamentável”.

“Mostra que a República é também capaz de produzir os seus pequenos Napoleões e o que nós ouvimos hoje do presidente da Câmara de Lisboa foi um discurso de um pequeno Napoleão que não reconhece o facto de Lisboa estar pior”, condenou.

Em causa o discurso sobre imigração, contrapondo o bloquista que “se há portas escancaradas em Lisboa” essas são “à especulação imobiliária e ao excesso de carga turística” que gera falta de habitação, uma área na qual atribui culpas presidente da Câmara de Lisboa.

“Mas foi também lamentável a forma como o senhor presidente da Câmara de Lisboa se colou ao discurso de extrema-direita, alimentando mitos sobre as pessoas que são essenciais para a economia da cidade, mas também para a economia de todo o país. Os imigrantes não são responsáveis pelo aumento da criminalidade. Isto já foi desmentido uma vez atrás da outra”, condenou.

Lamentando que Moedas tenha feito uma evocação de Camões “colado às mentiras que a extrema-direita propaga contra quem vem para Portugal e é essencial”, Fabian Figueiredo considerou que este foi um discurso “das figuras menores da história do movimento republicano” e que “por isso é que só pode ser comparável a um pequeno Napoleão”.

Sobre o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), o bloquista defendeu que “a esquerda tem que se apresentar como alternativa à governação da direita”, criticando que o debate atual seja sobre “quem e como é que baixa mais os impostos às empresas milionárias”.

“O caminho que a esquerda tem que se ter é um caminho ambicioso de construção de alternativa e isso não se faz sancionando as políticas da direita. Quem se coloca no campo da viabilização do orçamento não se coloca no campo da alternativa”, avisou, referendo-se ao PS.

Para o BE, “o que a esquerda em Portugal tem que fazer é construir um programa alternativo ao da direita”.

“No campo da oposição, constrói-se alternativa com quem está no campo da oposição”, disse.

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