Dezenas de enfermeiros protestaram, esta sexta-feira, em frente ao Hospital de São João, no Porto, no âmbito da greve que começou às 00h00 de hoje para exigir a valorização da carreira e a melhoria das condições de trabalho.
Na manifestação, os enfermeiros empunharam cartazes onde se liam frases como: “Bater palmas não valoriza ninguém”, “A valorização não passa por dar tostões” e “Admitir e vincular enfermeiros é urgente”.
A coordenadora da direção-geral do Porto do Sindicado de Enfermeiros Portugueses (SEP), Fátima Martins, esteve presente no protesto e voltou a criticar a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, considerando que esta “insulta” a classe.
“Os valores que está a propor são insultuosos. Os enfermeiros que deram resposta à Covid-19 e estiveram na vacinação e tanto foram aplaudidos, estão a ser insultados”, disse.
De acordo com o Governo, a greve nacional dos enfermeiros do setor público teve uma adesão de 49,5% em 30 Unidades Locais de Saúde (que agregam centros de saúde e hospitais) e institutos de oncologia.
A maioria das consultas (79,1%) agendadas para hoje foi realizada, ao passo que a percentagem de cirurgias programadas que foram efetuadas foi menos de metade, na ordem dos 34,9%.
No entanto, segundo um balanço anterior, feito ao início da tarde pelo SEp, que convocou o protesto, a greve estava a ter uma adesão generalizada de 80%, tendo levado ao encerramento de blocos operatórios e condicionado centros de saúde e serviços de internamento em hospitais.
A greve foi convocada pelo SEP no dia 16 de julho, alegando que a apresentação da proposta de alteração das grelhas salariais continuava por cumprir, o que levou à suspensão das negociações na reunião marcada para esse dia.
Pode ver imagens do protesto na galeria acima.
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