A previsão do barómetro mantém-se em 1,8% “para o crescimento do PIB no cômputo do ano – acima dos 1,5% inscritos no Orçamento do Estado e no Programa de Estabilidade, apresentado já por este Governo -“, considerando que as perspetivas continuam a ser “favoráveis, mas não mais favoráveis do que na primeira metade do ano”, dadas as dificuldades de crescimento na Europa, refere a informação hoje divulgada.

 

Na evolução setorial, as maiores preocupações centram-se na indústria transformadora, que “continua a evidenciar uma tendência decrescente em termos homólogos, acompanhando a evolução negativa da produção industrial na área do euro”, acrescenta.

Quanto ao segundo trimestre, o barómetro CIP/ISEG prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), em cadeia, entre 0,3% e 0,5%, inferior aos 0,8% registados no primeiro trimestre.

“Esta evolução corresponde a um crescimento homólogo entre 1,7% e 1,9%, superior ao valor de 1,5% registado no primeiro trimestre”, baseando-se no contributo positivo da procura interna, com o consumo interno a abrandar, mas com o investimento a recuperar da queda em cadeia observada no início do ano.

Nesta área, o barómetro “destaca o comportamento do investimento em construção, veículos de transporte e mesmo maquinaria”.

“Já o contributo da procura externa líquida é mais incerto, com melhores perspetivas para o comércio internacional de bens do que para o saldo da balança turística, que dificilmente repetirá o nível dos ganhos registados no primeiro trimestre”, explica também.

Rafael Alves Rocha, diretor-geral da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, citado na informação, defende que a previsão de crescimento do PIB para este ano “está não apenas perfeitamente ao alcance de Portugal, como abre caminho para que o objetivo seja ultrapassado”.

“O segundo semestre será essencial para a criação de riqueza. Neste sentido, é fundamental que os decisores políticos não acrescentem mais incerteza política a um contexto global muito volátil. A aprovação do próximo Orçamento do Estado será um momento muito relevante neste percurso, já que pode oferecer a estabilidade necessária ao reforço dos investimentos internos e externos”, alerta Rafael Alves Rocha.

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