“O número de vítimas […] ascende a 33 mortos e dezenas de feridos”, frisou Mahmoud Bassal, porta-voz da Defesa Civil da Faixa de Gaza, organização dependente do movimento islamista palestiniano Hamas.

 

Fonte médica do hospital Al-Awda tinha indicado à agência France-Presse (AFP) que a instituição recebeu “22 mortos e 70 feridos” na sequência deste ataque que atingiu a zona de Tal az-Zaatar do campo de refugiados palestinianos.

A agência noticiosa oficial palestiniana Wafa, que citou fontes do Hospital Al-Awda, adiantou que entre os civis que morreram estavam cerca de 20 crianças e mulheres.

Já a agência de notícias palestiniana Sanad divulgou um vídeo que mostra numerosos corpos enrolados em cobertores, numa reportagem em que indica que 30 pessoas morreram num bombardeamento israelita contra uma casa no campo de Jabalia.

O Ministério da Saúde de Gaza tinha adiantado na sexta-feira que os ataques israelitas na Faixa de Gaza mataram 62 palestinianos e feriram mais de 300 nas últimas 24 horas.

Os ataques de sexta-feira decorreram um dia depois de Telavive ter anunciado que Yahya Sinouar, mentor do ataque de 07 de outubro de 2023 contra Israel, tinha sido morto durante uma operação militar no sul da Faixa de Gaza.

Sinouar tornou-se o principal chefe do Hamas após o assassínio de Haniyeh, numa explosão no Irão em julho, que foi atribuída a Israel.

Nascido em 1962 num campo de refugiados na cidade de Khan Yunis, em Gaza, Sinouar foi um dos primeiros membros do Hamas, formado em 1987, e acabou por liderar o braço de segurança do grupo.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou na quinta-feira, após o anúncio da morte do líder do Hamas, que Israel “acertou as suas contas” com Sinouar, salientando, porém, que “a guerra ainda não terminou”.

As tensões na região do Médio Oriente aumentaram após o ataque de 07 de outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, que fez 1.205 mortos, na maioria civis, e 251 reféns, e em retaliação ao qual o Exército israelita iniciou uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza que já fez mais de 42.000 mortos e de 99.000 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, segundo os mais recentes números das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.

A partir do Líbano, o Hezbollah juntou-se logo a 08 de outubro aos ataques contra Israel, em solidariedade com a população palestiniana, abrindo assim uma segunda frente de batalha para Israel, na sua fronteira norte, que faz a comunidade internacional temer o alastramento da guerra a toda a região do Médio Oriente — mais ainda desde que Israel iniciou uma ofensiva terrestre em território libanês.

Pelo menos 1.418 pessoas foram mortas no Líbano desde a intensificação das operações israelitas no Líbano, a 23 de setembro, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais, e mais de um milhão foram forçadas a abandonar as suas casas.

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