A defesa civil da autoridade de saúde islamita, organização ligada ao grupo xiita Hezbollah, divulgou o fim dos trabalhos de busca e salvamento, sublinhando que o balanço de vítimas é de sete mortos e 78 feridos, dos quais 28 continuam internados nos hospitais da região.

 

As operações de busca decorreram durante cerca de 24 horas no edifício atacado em Dahye, um importante bastião do Hezbollah adjacente à capital libanesa.

O grupo armado confirmou hoje que o seu comandante, Fouad Chokr, morreu no ataque.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu hoje que Israel desferiu “golpes severos” nos seus inimigos nos últimos dias, mencionando explicitamente a eliminação do líder militar libanês do Hezbollah.

Netanyahu garantiu que Fouad Chokr foi “diretamente responsável” pelas mortes, no sábado, no ataque à cidade drusa de Majdal Shams, nos Montes Golãs ocupados por Israel na Síria.

Foi a segunda vez que os subúrbios sul de Beirute foram atingidos por fogo israelita após o Hezbollah ter aberto uma frente contra Israel em 08 de outubro, em solidariedade com o Hamas palestiniano.

Em 02 de janeiro, o número dois do Hamas, Saleh al-Arouri, foi morto nesta zona xiita de Beirute num ataque atribuído a Israel.

A fronteira entre Israel e o Líbano está a registar um pico de tensão desde 2006, onde já morreram pelo menos 574 pessoas, a maioria das quais do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou 354 baixas de milicianos e comandantes, alguns dos quais na Síria.

Por outro lado, pelo menos 47 israelitas foram mortos no norte em resultado destas trocas de tiros, incluindo 22 militares e 25 civis.

O Hamas e outros movimentos islamistas palestinianos estão em guerra com Israel desde 07 de outubro de 2023, depois de terem atacado o território israelita, matando cerca de 1.200 pessoas e feito reféns cerca de 250 pessoas.

Em resposta, Israel lançou uma campanha de bombardeamento contra a Faixa de Gaza que, até à data, já provocou mais de 39.400 mortos e envolveu também o Hezbollah e os Huthis do Iémen, que, entre outros, integram a aliança informal anti-israelita, denominada “Eixo da Resistência”, liderada por Teerão.

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