Apenas dois em cada dez portugueses – ou seja, 20% – têm gás em casa, seja em contrato dual ou em contrato com apenas uma tipologia de fonte energética. A conclusão é do relatório mensal do ComparaJá, que acrescenta que dos 20%, “só 1% dos portugueses optaram por contratos de só gás”.
Uma das razões apontadas por José Trovão, responsável pela área de energia no portal de comparação, está o facto de o preço do gás natural em Portugal ser “dos mais caros quando comparados com o resto da Europa”, ao passo que o “preço da eletricidade é muito barato se olharmos para o contexto europeu”.
Segundo o relatório, 95% dos consumidores portugueses optam por uma tarifa simples de eletricidade, fazendo com que o preço seja “sempre igual independentemente da hora do dia”.
“Quer isso dizer que a percentagem de consumidores que contam com preços diferentes ao longo do dia é manifestamente reduzida (apenas 5,3% das faturas analisadas foram de contagem bi-horária e/ou tri-horária)”, lê-se num comunicado enviado às redações.
De acordo com José Trovão, estes números justificam-se pelo “facto de as restantes tarifas só compensarem se as pessoas consumirem eletricidade fora das horas de ponta, ou seja, só compensa para quem passa o dia em casa.”
O relatório do ComparaJá conclui também que “substituir a comercializadora de energia é algo cada vez mais recorrente e universal a todo o país”. No entanto, é em Lisboa e Porto – as duas principais cidades de Portugal – que esta tendência lidera, havendo 24,7% dos novos contratos a serem feitos na capital e 14,4% na Invicta.
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