A eurodeputada Ana Catarina Mendes, que foi eleita, esta quarta-feira, vice-presidente do grupo dos Socialistas e Democratas (S&D) no Parlamento Europeu, mostrou-se “convicta” que essa família europeia “será uma voz ativa nas políticas mais progressistas, humanistas e solidárias”, para se continuar a “afirmar o projeto europeu com os valores de sempre, mas com os olhos postos no futuro”.

Em declarações desde Bruxelas, a dirigente do Partido Socialista (PS) não se alongou sobre a eventual eleição de Ursula von der Leyen para um novo mandato à frente da Comissão Europeia.

Recorde-se que, durante a campanha para as Eleições Europeias, a cabeça de lista do PS, Marta Temido, expressou o seu apoio a Nicolas Schmit, do Partido Operário Socialista do Luxemburgo, para o cargo. Na terça-feira, porém, as famílias europeias entenderam dar ‘luz verde’ ao nome de Ursula von der Leyen para manter o cargo.

“Espero que todas as instituições, uma vez eleitos os seus protagonistas máximos, possam trabalhar em conjunto neste desafio que é o de manter o projeto europeu como o grande projeto político no mundo”, comentou Ana Catarina Mendes, assegurando, também, que “a Extrema-direita é para ser combatida, com as respostas concretas aos problemas das pessoas, denunciando a desinformação e evitando e combatendo os inimigos da democracia”.

“Aqueles que querem destruir o projeto europeu merecerão de nós um combate feroz”, prometeu, antevendo “cinco anos desafiantes para que daqui a cinco anos possamos dizer que valeu a pena a voz dos socialistas e dos progressistas neste parlamento para mantermos um projeto que é o melhor projeto político alguma vez sonhado e concebido nestes anos todos”.

Antiga ministra realça “credibilidade” de Costa

O antigo primeiro-ministro socialista António Costa foi o nome indicado pelos negociadores europeus para liderar o Conselho Europeu. A comentar estas notícias, Ana Catarina Mendes realçou que “de todas as famílias têm vozes de grande reconhecimento pelo seu trabalho e credibilidade“.

“A credibilidade de António Costa é reconhecida por muitos e não apenas pelos socialistas. Devemos esperar e dar tempo para que as instituições se pronunciem”, defendeu, realçando o seu reconhecimento ao trabalho do antigo líder do Governo, “como portuguesa, como europeia, como socialista, como pessoa que conhece António Costa ao longo destes 10 anos a trabalhar e ao longo dos seus 30 anos de atividade política”.

Os nomes de António Costa (Conselho Europeu), Ursula von der Leyen (Comissão Europeia) e Kaja Kallas (Diplomacia da União Europeia) serão apresentados oficialmente na quinta-feira aos chefes de Governo e de Estado, para aprovação oficial.

Ana Catarina Mendes foi ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares no último executivo de António Costa (2022-2024) e recordou “os primeiros momentos do Governo socialista em 2015”, numa altura em que foi necessário “recuperar a credibilidade” de Portugal na União Europeia.

“Julgo que este mandato vai ser marcado por vários desafios, seja o da guerra e terminá-la, seja o alargamento, seja o desafio das migrações, mas também o de uma autonomia estratégia que é preciso encontrar para o projeto europeu”, disse.

[Notícia atualizada às 14h41]

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