José Luís Carneiro, ex-ministro da Administração Interna e atual deputado do Partido Socialista (PS), felicitou, esta sexta-feira, Alexandra Leitão, que vai ser indicada pelo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, para presidente do grupo parlamentar do partido, considerando que esta tem uma experiência já “muito ampla” no plano político e académico que “a habilitam para o desempenho” de uma função muito “exigente”. 

Em declarações na CNN Portugal, José Luís Carneiro começou por “felicitar” Alexandra Leitão, deixando-lhe rasgados elogios.

“É alguém que tem uma experiência já muito ampla no plano político. Foi secretária de Estado da Educação, teve em mãos assuntos de grande responsabilidade a que soube dar resposta, teve depois também responsabilidade no âmbito da Modernização do Estado e da Administração Pública e, nesse âmbito, teve mesmo a primeira frase do processo de descentralização política e administrativa, nomeadamente em áreas vitais para a vida das comunidades locais”, frisou o ex-governante. 

“E, alguém que, além de ter experiência política, tem também um currículo académico de grande qualidade, intocável e que lhe dá competências, capacidades, que a habilitam para o desempenho desta função tão exigente, no momento atual, que é o da liderança do grupo parlamentar do partido que mantém intacta a sua função estratégica nuclear no sistema politico português”, acrescentou.

Assim, José Luís Carneiro reiterou: “Os desejos das maiores felicitações a Alexandra Leitão e, naturalmente, a todo o grupo parlamentar do PS”. 

Recorde-se que, fonte socialista adiantou hoje à Lusa, que o secretário-geral do PS vai propor a deputada Alexandra Leitão para presidente do grupo parlamentar do partido. A reunião do Grupo Parlamentar do PS que irá votar o nome de Alexandra Leitão vai realizar-se na quarta-feira. 

O ex-ministro acabou também por ser questionado sobre os mais recentes desenvolvimentos da situação das gémeas luso-brasileiras a quem foi administrado em Portugal o medicamento Zolgensma, nomeadamente sobre se faz sentido uma Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso, contudo, recusou tecer considerações.

“Trata-se de um assunto que está no foro da Justiça, sobre o qual não me quero pronunciar”, disse, recusando dizer se espera consequências da situação ou se o Presidente da República fica com a sua imagem fragilizada. 

“O que havia que dizer foi dito pelo secretário-geral do PS e foi bem dito. (…) As palavras do secretário-geral do PS são suficientes, são claras e oportunas e adequadas ao momento que se vive a propósito desse caso (…) Devemos confiar naquilo que é o foro da Justiça”, completou. 

Note-se que, hoje, Pedro Nuno Santos afirmou que este era “um assunto muito sério”, que “tem de ser esclarecido”.

“Há investigações em curso e será um tema que o PS acompanhará. É muito importante a confiança do povo português nas instituições, serviços públicos e no Estado. E a confiança de que há equidade no acesso aos serviços públicos”, explicou, referindo que no “tempo certo” o PS decidirá o que fará em relação a iniciativas relacionadas com o caso. O mesmo respondeu em relação a um eventual pedido para ter acesso ao relatório da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).

Nas conclusões do relatório da inspeção, divulgadas na quinta-feira, a IGAS refere que “não foram cumpridos os requisitos de legalidade no acesso das duas crianças à consulta de neuropediatria” uma vez que a marcação da consulta não cumpriu a portaria que regula o acesso dos utentes ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O caso das duas gémeas residentes no Brasil, que adquiriram nacionalidade portuguesa, e receberam em Portugal, em 2020, o medicamento Zolgensma, com um custo total de quatro milhões de euros, foi divulgado pela TVI, em novembro, e está ainda a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

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