Esta instalação, anunciada como uma “base aérea tática da NATO”, foi construída no recinto de uma antiga base construída na década de 1950 com o apoio da União Soviética, perto da “cidade de Estaline”, que recuperou a sua antiga designação, Kuçova, 33 anos após a queda do regime de Enver Hoxha.

Presente na cerimónia inaugural, o primeiro-ministro albanês, Edi Rama, sublinhou a importância desta base que “ultrapassa as fronteiras da Albânia”, no atual momento geopolítico.

A instalação militar “constitui um elemento suplementar para a nossa região dos Balcãs ocidentais, que não está longe, sabemo-lo, da ameaça das ambições neoimperialistas da Federação russa”, declarou o chefe do Governo albanês.

A construção desta base, situada 80 quilómetros a sul de Tirana, é considerada o último símbolo da viragem a ocidente da Albânia, que aderiu à NATO em 2009.

Os Balcãs não mantêm uma posição comum sobre a Aliança, com a Sérvia e a Bósnia-Herzegovina a manterem-se fora da NATO, para além do Kosovo, onde uma força da NATO se mantém desde 1999.

Quatro aviões de caça da Aliança, que descolaram desde da base de Aviano, em Itália, sobrevoaram a nova instalação no momento da cerimónia, antes de aterrarem na nova pista com um comprimento de dois quilómetros.

Dois helicópteros Black Hawk do Exército albanês e um ‘drone’ Bayraktar TB2, uma nova aquisição albanesa, também sobrevoaram a zona, indicou a agência noticiosa AFP.

A cerimónia foi presenciada pelo ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, para além de diplomatas turcos, norte-americanos e italianos.

“A inauguração da base aérea de Kuçova demonstra que a Aliança (…) está fortemente envolvida nesta região”, declarou o representante da NATO, general Juan Pablo Sanchez de Lara.

As imagens da guerra conduzida pela Rússia na Ucrânia “abalaram a ideia de que a segurança no século que vivemos é intocável”, disse por sua vez o ministro da Defesa albanês, Niko Pelesh.

“Devemos estar prontos a defender-nos com a única fórmula vencedora que existe, a união das nossas forças de defesa e das nossas capacidades”, acrescentou.

A reconstrução da base iniciou-se em 2022, pouco antes da invasão russa da Ucrânia.

O local de 350 hectares servia de cemitério a dezenas de velhos Mig, Antonov e Yak-18 soviéticos, que foram desativados em 2005.

Alguns Mig-19 mantiveram-se na base, recordando o passado do país, concluiu a AFP.

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