Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), afirmou, a propósito das regras de atribuição da verba aos professores colocados longe de casa que “esta medida vai criar problemas porque é muito injusta”.

 

Em declarações à comunicação social, a coordenadora do partido deu mesmo um exemplo de “uma rapariga nova que é professora, vem do norte do país para Sintra” e que “a escola em que está a dar aulas não entrou neste decreto, portanto não tem nenhum apoio. Paga 900 euros mensais só para trabalhar”. 

“Os professores, neste momento, estão a pagar para trabalhar”, disse Mariana Mortágua, que salientou que se criou um “decreto injusto” e que “faz uma discriminação por escolas”.

Vai ainda mais longe quanto ao futuro, dizendo que “as escolas que têm apoio, que ainda assim é pequeno, vão atrair os professores e a escola do lado vai voltar a ter falta de professores”.

Sublinhou também que “não é criando desigualdades que vamos conseguir resolver o problema da educação e da falta de professores”, alertando que o Orçamento do Estado “tem previsto um congelamento de um número de trabalhadores do estado”. Em suma, “onde havia falta de professores, vai continuar a haver falta de professores”, dizendo que “não é com este regime que é possível atrair professores. Os professores continuam a não ter condições para se deslocar. O regime é injusto e cria desigualdades”.

A coordenadora do BE diz que “é incompreensível” haver escolas no mesmo sítio e uma ter apoio e outra não, tendo um professor apoio e o outro não.

A manifestação de professores e docentes foi convocada pela Fenprof.

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