Segundo um comunicado, a CNA alertou para a “sub-execução crónica dos fundos destinados à floresta, situação que muito contribui para a falta de prevenção dos incêndios”.
A Confederação disse que “depois dos fogos são anunciadas reformas, planos e grupos de trabalho, mas, ao mesmo tempo, há um desperdício enorme de meios para o melhor ordenamento florestal”, tendo avisado para “os baixos preços da madeira na produção, que conduzem à perda de interesse na gestão ativa da floresta”.
A CNA alertou ainda o chefe de Estado para “a falta de alimentação animal em consequência dos incêndios e para a necessidade de ser disponibilizada no mais breve prazo possível”.
“Não basta definir medidas de apoio, é preciso criar condições para que cheguem rapidamente ao terreno, sob pena de chegarem demasiado tarde”, avisou, salientando que “em matérias relacionadas com fenómenos extremos” deve haver um “plano de emergência que, de forma ágil, seja acionado sempre que necessário”.
Na audiência, a CNA reforçou ainda “a importância dos baldios para a fixação de pessoas no território e alertou para os cortes nas ajudas da PAC [política agrícola comum] para os compartes, para os constrangimentos à continuidade dos agrupamentos de baldios e, no protocolo para a constituição de novos agrupamentos, denunciou a inaceitável discriminação de que foi alvo”.
A organização lamentou que este Governo mantenha a decisão do anterior executivo “que celebrou um protocolo com duas confederações, deixando de fora a CNA, a confederação que está desde a sempre na defesa dos baldios e dos seus compartes”.
A CNA alertou ainda para “a situação dos viticultores, a braços com enormes dificuldades de escoamento da produção”.
Em relação às dificuldades dos pequenos e médios produtores que, “em plena vindima, não têm a quem vender as uvas”, a CNA transmitiu ao Presidente da República “a necessidade de uma medida extraordinária de apoio direto, para compensar as enormes perdas de rendimento que estão a ter”.
“Recorde-se que nenhuma das medidas anunciadas pelo Governo, até ao momento, se destina a apoiar os produtores de uva para vinho, o que poderá obrigar muitos a encerrar as suas explorações”, realçou.
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