O propósito da medida é reforçar a aposta na estratégia de notícias digitais, segundo a revista Variety, que obteve a cópia do memorando interno em que Veerasingham divulgou a intenção.
A comunicação aos trabalhadores da agência garante que é necessário reduzir o pessoal porque a empresa “deve evoluir para se alinhar com as necessidades em mudança dos clientes e do mercado”, escreveu Veerasingham, que especificou que a divisão das notícias será afetada por menos de metade dos cortes pretendidos.
“Os nossos clientes estão a mudar, tanto em quem são, como no que precisam de nós, pelo que nos centramos em oferecer um serviço de notícias digital. Agora temos de acelerar este caminho, o que vai exigir algumas mudanças difíceis para poder investir mais plenamente no nosso futuro”, acrescentou.
Veerasingham recordou que o jornalismo digital de AP, fundada em 1846, foi “decisivo” na cobertura das recentes eleições presidenciais nos EUA, “onde o uso dos nossos vídeos ao vivo, estatísticas, imagens excecionais e interativos atrativos não teve precedentes”.
Admitiu ainda que “esta é uma notícia difícil e haverá um período de incerteza, enquanto se trabalha nesta mudança”.
O sindicato AP News Guild, filiado no NewsGuild, avançou que identificou 121 trabalhadores com mais de 54 anos e meio, que optem pela saída voluntária.
A maior parte da redução de pessoal vai ocorrer nos EUA, onde a AP está presente nos 50 Estados, aos quis se somam aos jornalistas que trabalham para a agência em quase uma centena de países.
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